Começar a investir não exige fortunas. Mesmo com um orçamento reduzido, é possível colocar o dinheiro a trabalhar por si e aproveitar os benefícios dos juros compostos. O primeiro passo é adoptar uma mentalidade de longo prazo: investir é um processo, não um golpe de sorte.

Antes de pensar em aplicações financeiras, crie uma reserva de emergência para cobrir despesas inesperadas e evite endividar-se com juros altos. Pagar dívidas de cartão de crédito, por exemplo, é um “investimento” que garante retorno imediato na forma de juros que deixa de pagar. Definir objectivos claros (viajar, comprar casa, reformar-se) ajuda a escolher os produtos adequados ao seu perfil.

Hoje existem plataformas digitais e apps que permitem investir pequenas quantias em fundos de investimento, ETFs e acções fraccionadas. Procure corretoras e bancos que não cobram comissões exageradas e oferecem planos automáticos de investimento. Uma estratégia muito utilizada é o “dollar-cost averaging”: investir um valor fixo todos os meses, independentemente do preço, reduzindo o impacto de oscilações do mercado.

Diversificar é essencial para reduzir riscos. Ao distribuir o capital entre diferentes tipos de activos (obrigações, acções, fundos imobiliários), está a proteger-se de quedas num único sector. Comece com valores pequenos, aprenda como funcionam os produtos e, à medida que ganhar confiança, aumente gradualmente os aportes. Nunca invista dinheiro que não pode perder e estude sempre antes de aplicar.

Finalmente, lembre-se de que o tempo é o seu melhor aliado. A constância e a paciência são fundamentais para construir património. Mesmo pequenas quantias investidas regularmente podem crescer de forma significativa ao longo de anos. Eduque-se, acompanhe os resultados e ajuste a estratégia quando necessário. O mais importante é dar o primeiro passo.